domingo, 22 de novembro de 2009

"O QUE OS OLHOS NÃO VEÊM, O CORAÇÃO NÃO SENTE"


Por Keiko Nagahama

É tão bom quando abrimos uma revista de moda ou apenas lemos uma manchete de capa que diz: “pesquisamos qual o vestido ideal para seu corpo” ou ainda, “veja as bonequinhas que vão ajudar você a escolher o look ideal”. Uau! Que máximo. Imediatamente desejamos ter aquele folhetim e vermos qual o modelito ideal para o nosso corpo. Mas não se engane, pois o que os nossos olhos veêm, nem sempre o coração sente ou nem sempre é o que queremos para o nosso corpo.


Nos apropriamos de uma frase muito conhecida do dito popular para refletirmos sobre como a mídia se apropria da moda e em muitas vezes engana nosso olhar “destreinado”. A manipulação da nossa sensibilidade é algo feito com tanta sutileza que não nos damos conta dos mecanismos subliminares embutido em cada artigo, matéria, editorial, etc.



Nossas mentes são treinadas para pensarmos em padrões de beleza fora da nossa realidade. Desejamos ter corpos magros e esguios, brancos, cabelos hiperlisos. Perfeitos?! Desde a disciplina Fundamentos da Moda, nos indagavámos sobre as questões de estilos, look ideal, corpos oval, triangular, retângulo e uma grande interrogação pairava em nossas mentes.



É fantástico quando nossa percepção acorda e salta, quando o nosso coração passa a sentir o que os nossos olhos veêm. É assim que nos sentimos após as aulas de Sociologia do Consumo e Mídia. Acordadas. Tem sido um choque de realidade surpreendente. Apesar de estarmos em um curso técnico, é interessante perceber a importancia da formação do pensamento crítico. Isso é algo que deve estar inerente na formação de todos os profissionais.


Hoje, apesar de estarmos a pouco tempo inseridas nessa discussão, percebemos o quanto a moda é um campo amplo para o debate de diversos assuntos, haja vista que, a nossa moda, a moda brasileira tem identidade própria e não pode ficar apenas restrita a poucas observações, distante de uma reflexão mais crítica.



A construção da roupa, de sua concepção até a confecçao, é algo fascinante, no entanto entendemos que moda não é só isso. Uma roupa já nasce com um propósito! Segundo, Wilame Lima, “roupas são sonhos que se concretizam. E como sonhos, devem transmitir essa idéia para quem compra ou quem veste”. Compremos sonhos, mas sejamos realistas diante das propostas que nos apresentam.

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